quarta-feira, 21 de dezembro de 2022

Lin Yutang sobre o “amor ao próximo”

“O amor ao próximo não deve ser uma doutrina, um artigo de fé, um ponto de convicção intelectual ou uma tese apoiada em argumentos. O amor à humanidade que requer razões não é um verdadeiro amor. Este amor deveria ser perfeitamente natural, tão natural para o homem como é para os pássaros agitar as asas. Deveria ser um sentimento direto e brotar naturalmente de uma alma sadia que vive em contato com a natureza. Um homem que ame de verdade as árvores não pode ser cruel com os animais ou com seus semelhantes. Num espírito perfeitamente são, que adquire um critério da vida e de seus semelhantes e um conhecimento verdadeiro e profundo da natureza, a bondade é coisa natural. Essa alma não necessita de nenhuma filosofia ou religião feita pelo homem e que lhe ordene que seja boa. Como seu espírito foi devidamente nutrido através de seus sentidos, afastado da vida artificial e de doutrinas ainda mais artificiais a respeito da vida humana, pode tal homem conservar uma verdadeira saúde mental e moral.”

— Lin Yutang, A Importância de Viver, p. 134. Círculo do Livro, sem data. Tradução de Mário Quintana.

A economia mainstream destrói a saúde mental e moral sem se dar conta, e não toca no assunto.

Aliás, quantos economistas já ouviram falar em saúde moral?

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