“Cada um acredita no que quer!” Ela disse.
“Não.” Respondi. “Você está errada. Não é assim que...”
“Não tem isso de estar errada! Nós só temos visões de mundo diferentes...” concluiu, com um sorriso que parecia benevolente.
“É errado causarem prejuízo a outras pessoas porque acham que têm o ‘direito de estar errados’. E vocês estão errados! Mas adoram se fingir de surdos. Vocês criticam sua mãe, mas agem igualzinho, repetindo os pensamentos errados do tio-pastor. Ah! Que preguiça falar pra quem odeia ouvir! E se não falamos, sua ‘coletividade’ termina de destruir o planeta. O que você queria que eu fizesse?” Olhei sério para ela. Sua cara misturava espanto e confusão.
“Eu não estou te entendendo.”
“Religião! Ainda. Vocês sempre disseram que não entendem o que falo, mas também nunca quiseram entender. Acham que ‘cada um acredita no que quer’ e pronto, como se isso não fosse uma programação mental pra escravizar a gente.”
“Ah, quer saber? Eu vou embora! Esse papo já cansou! Fui!!” E saiu, batendo a porta.
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