domingo, 9 de outubro de 2022

Monoteísmo, o “paladar infantil” extendido

O monoteísmo é uma “síndrome do paladar infantil” ampliada.

Quando uma criança diz “eu sei o que é bom, sei do que gosto e do que não gosto, por isso não quero nem experimentar isto”, estamos diante dessa síndrome.

Quando uma criança a pratica, é triste. Quando um adulto a pratica, é doentio.

Quando um adulto a pratica em todos os níveis além do paladar, quando se acha sabedor de “tudo o que interessa” a ponto de desprezar ciências e filosofias, mitologias e outros pontos de vista, aí a inteligência que define a espécie humana morreu.

Via de regra, só monoteístas agem assim, e agem sempre assim. Por isso o monoteísmo é uma catástrofe civilizacional.

quarta-feira, 5 de outubro de 2022

Monoteísmo é mitologia também

O monoteísmo finge ser a “única verdade do universo”, numa agressão à diversidade cultural e mitológica do planeta. São tão mitologia quanto as outras mitologias, e precisam entender isso. Não é o “ateísmo” que vai resolver, mas o entendimento do que é e como funciona uma mitologia. É sobre conhecer, não sobre acreditar. Fé cega é pleonasmo. Re-ligare (religião) é pra quem caiu no conto do vigário de que teríamos nos “desligado”. Não nos desligamos. O paraíso é aqui, e ninguém vai ganhar “outra Terra” por obedecer algum espertalhão.

domingo, 2 de outubro de 2022

De novo Adam Smith, esse “comunista” incorrigível…

“Na época específica em que se fizeram essas descobertas [Américas e caminho para as ‘Índias Orientais’ pelo cabo da Boa Esperança], a superioridade de força era tão grande, favorecendo os europeus, que lhes facultou praticar com impunidade toda sorte de injustiças nesses países remotos. Doravante, talvez os nativos desses países possam fortalecer-se, ou os da Europa se enfraquecer, e talvez os habitantes de todas as diferentes regiões do mundo possam chegar à igualdade de coragem e força que, por inspirar um temor mútuo, é a única coisa capaz de intimidar a injustiça dos países independentes, levando-os a ter um pouco de respeito pelos direitos uns dos outros.”

— Adam Smith (1961, v. II, p. 141) apud Giovanni Arrighi. 1994? O Longo Século XX: dinheiro, poder e as origens de nosso tempo. Introdução.