A esquerda ainda não entendeu:
- o paradoxo da tolerância;
- que o monoteísmo é intolerante.
A esquerda ainda não entendeu:
O monoteísmo é uma mitologia que pretende ser “a única verdade do universo”. Politeísmos também são mitologias, mas nunca foram assim. Por isso o monoteísmo se tornou um câncer social, se espalhando de forma violenta e descontrolada, destruindo as demais mitologias onde se instala.
“A Assembleia Geral da ONU (…) reafirma a legitimidade da luta dos povos pela liberação do domínio colonial e estrangeiro e subjugação externa, de todas as formas disponíveis, incluindo a luta armada; (…) condena todos os governos que não reconhecem o direito à auto-determinação e independência dos povos, notavelmente os povos da África ainda sob o domínio colonial e o povo palestino”.
Resolução 3070 da Assembleia Geral da ONU
2185ª reunião plenária
30 de novembro de 1973
Não começou em 7 de outubro de 2023.
“Aquele que não sabe, e não sabe que não sabe, é um tolo: afaste-se.
Aquele que sabe, e não sabe que sabe, está distraído: alerte-o.
Aquele que não sabe, e sabe que não sabe, é um aprendiz: ensine-o.
Aquele que sabe, e sabe que sabe, é um sábio: siga-o.”
Passagem encontrada nos “extras” de um filme do Bruce Lee. “Se num filme chinês ‘de porrada’ já tem isso, imagina um filme chinês de filosofia?” pensei. Foi aí que comecei a estudar o mandarim. Logo depois entenderia que Bruce Lee não é filme “de porrada”.
Tudo de errado na sociedade não deve mais ser explicado pelo modo de produção [explicação marxista], mas sim pelo modo de discurso [explicação pós-moderna]; e a produção de conhecimento é vista como mais importante do que a produção de bens ou serviços. Poderia haver uma teoria mais adequada para a aprovação da parte da força de trabalho que vive da venda de palavras?
Original:
Pomo Modes of Discourse
Everything wrong with society is no longer to be explained by the mode of production, but rather by the mode of discourse; and the production of knowledge is seen as more important than the production of goods or services. Could there be a theory better suited for the approbtion of the part of the labor force that makes its living from selling words?
— Marvin Harris. Theories of culture in postmodern times. London…: Altamira Press, 1999. p. 156
Innes via suas circunstâncias [da maioria dos presos] como trágicas não apenas pela maneira como foram forçados a viver, mas também pelo papel que a sociedade desempenhou em levá-los a cometer os atos que os colocaram atrás das grades. Os pobres eram constantemente bombardeados com anúncios, imagens de “janelas brilhantemente iluminadas, cintilando com ouro e prata e joias baratas”, e as estações de ônibus e bondes eram cobertas com “fotos de casas que os pobres nunca poderiam ter”. Como, então, pensou Innes, poderíamos puni-los “quando empregamos toda a nossa arte para tentá-los a cometer seu crime?”
— L. Randall Wray (ed). 2004. Credit and State Theories of Money: The Contributions of A. Mitchell Innes. p. 5–6.
Alfred Mitchell-Innes (1864–1950), eis um homem honrado.