sexta-feira, 25 de junho de 2021

Fio contra a memória curta

A “grande” mídia brasileira fez o possível para derrubar o PT, mesmo recebendo bastante dinheiro de publicidade do governo. Afinal, sua suposta idoneidade esconde (mal e porcamente) o fato de serem capachos do capital e do imperialismo.

Aqui tem o fio de um historiador que nos ajuda a lembrar algumas “pérolas” das últimas décadas: https://twitter.com/louverture1984/status/1342823591952474114.

segunda-feira, 21 de junho de 2021

Na carrocracia, quanto vale a vida de um passageiro de ônibus?

Eu ia de ônibus pra manifestação contra o desgoverno no último sábado, 19 de junho de 2021. Na parada, todos os veículos que passavam tinham as janelas vedadas: ar-condicionado. Lá dentro, rostos tristes, de máscara, ocupavam os assentos ou iam em pé.

Os ônibus não estão tão cheios, pensei, afinal é sábado. Mas nos dias de semana, os ônibus continuam tão lotados quanto antes da pandemia, e ainda assim seus passageiros são obrigados a respirar o mesmo ar viciado, substituído (?) apenas por um parco sistema de refrigeração – cujo nome já diz: serve para resfriar, muito mais que para ventilar.

Existe algum estudo que mostre a eficácia do ar-condicionado dos ônibus em fazer circular o ar, prevenindo o contágio de uma doença com alta letalidade como a Covid? Ou estamos apenas “tendo fé” na salvação por “graça divina”, como prefere a maioria dos eleitores do energúmeno que ocupa a presidência?

Quanto custaria às empresas, donas das frotas de ônibus, substituir os vidros vedados por vidros que se abrem, caso isso seja necessário para circular o ar o suficiente para reduzir o número de mortes? E qual a porcentagem desse custo em relação ao seu lucro?

Quanto vale, afinal, a vida dos passageiros de ônibus, dentro de um sistema que podemos muito bem chamar de carrocracia?

Depois de um ano e três meses de pandemia, depois de meio milhão de mortos em todo o país, ainda não vi ninguém fazer essas perguntas.

PS: acabei indo de Uber.